Instrução Bélica III – Qual a melhor munição a ser usada?

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MUNIÇÃO

Qual a melhor munição a ser usada para ter bom aproveitamento em uma reação a uma injusta agressão sofrida por força letal, e desta forma cessar este agressor?

Diante deste questionamento, gostaria de discorrer, uma vez que há dúvidas quanto á melhor munição a ser usada, e quando de fora de serviço, com nossas armas particulares, temos que ter uma munição na qual, podemos confiar e saber que terá seu aproveitamento com excelente qualidade.

Sabemos que o calibre .380 e 38 o qual é o predominante em nossas armas particulares, até que seja regulamentada a aquisição dos calibres restritos, são um calibre que não possui tanto poder de parada, stoping Power, que se refere á incapacitação que o projétil, fará no agressor cessando assim a agressão por ele oferecida. O projétil, ao penetrar o corpo humano, provoca tipos básicos de ferimentos que determinam seu poder de parada.

E este poder de parada tem como objetivo descarregar energia cinética no alvo com eficiência, considerando a diferença de velocidade entre a entrada e saída do alvo.

Devendo-se considerar os danos causados pelo projétil no seu percurso através do alvo, ou seja, será mais eficiente o projétil que não deixa o alvo que um que o transfixe. Os tipos de projéteis favorecidos por este critério são os de alta velocidade e dimensões expansivas, com elevada energia cinética e que geralmente não transpasse o alvo. A perfuração da cavidade permanente, conhecida como canal de ferida permanente, é o efeito lesivo que o projétil provoca ao romper os tecidos, e é observável após o disparo.

Esta é considerada correta em termos médicos, pois considera que quanto maior o dano permanente maior será o sangramento e portanto mais eficiente é a incapacitação, pois haverá mais tecido destruído. Buscando um impacto eficiente em todos os ângulos do alvo, visando penetrar o suficiente para atingir órgãos vitais. Chamado “choque hidrostático”.

maximo em stopping power

http://www.cbc.com.br/upload/informativos/3.pdf

Pelo Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000, – Regulamento para a fiscalização de Produtos Controlados (R-105) em sua definição sobre o que é munição versa:

 

TÍTULO I

[…]

CAPÍTULO II

DEFINIÇÕES

[…]

Art. 3o Para os efeitos deste Regulamento e sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes definições:

[…]

LXIV – munição: artefato completo, pronto para carregamento e disparo de uma arma, cujo efeito desejado pode ser: destruição, iluminação ou ocultamento do alvo; efeito moral sobre pessoal; exercício; manejo; outros efeitos especiais; (GN)

E desta forma existe um conjunto, a munição é formada por componentes, o projétil é projetado por outros componentes contidos em um cartucho através de uma arma de fogo, no disparo.

O cartucho contém um tubo oco, geralmente de metal, com um propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o projétil e na sua base encontra-se o elemento de iniciação. Este tubo, chamado estojo, além de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas operações, como carregamento e disparo.

munição

O projétil é uma massa, em geral de liga de chumbo, que é arremessada à frente quando da detonação da espoleta e consequente queima do propelente. É a única parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo.

Para arremessar o projétil é necessária uma grande quantidade de energia, que é obtida pelo propelente, durante sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos é a pólvora, que, ao queimar, produz um grande volume de gases, gerando um aumento de pressão no interior do estojo, suficiente para expelir o projétil.

 

PROJÉTIL

É a parte do cartucho que será lançada através do cano.

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Tipos de projéteis

  • Expansivo –O projétil tem uma ponta oca e riscos na parte de fora. Quando ele encontra um objeto aquoso ou gelatinoso como um órgão animal, abre como se fosse uma flor, fazendo uma verdadeira cratera dentro do alvo. O dano é tão grande que seu uso é proibido em guerras.
  • Encamisado –O projétil tem um revestimento de cobre, náilon ou outro material que deslize pelo cano da arma melhor que o chumbo. Resultado: o tiro sai com mais velocidade, o que melhora a precisão e o alcance do disparo.
  • Traçante –Tem uma pequena quantidade de fósforo na base ou na ponta do projétil que se incendeia a quando da combustão da pólvora ou devido ao atrito com o ar deixando um rastro luminoso visível a olho nu na escuridão.
  • Explosivo –Após o disparo, a carga líquida contida no interior do projétil (normalmente mercúrio ou glicerina) sofre uma aceleração violenta, e se comprime para trás; quando atinge o alvo, a substância se expande para frente. Nesta expansão, o líquido empurra a ponta, que se projeta para frente. Com isso, o projétil se fragmenta tal qual uma granada, podendo causar ferimentos gravíssimos em um raio de até 20 centímetros a partir do ponto de impacto.

Tipos de pontas (Ogivas):

  • Ogival:uso geral, muito comum, tem boa penetração e pouca expansão;
  • Canto-vivo:uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais nítida;
  • Semi canto-vivo:uso geral;
  • Ogival ponta plana:uso geral; muito usado no tiro prático (IPSC) por provocar menor número de “engasgos” com a pistola;
  • Cone truncado:mesmo uso acima.
  • Ponta oca:capaz de aumentar de diâmetro ao atingir um alvo humano (expansivo), produzindo assim maior destruição de tecidos.

 

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http://www.localdecrime.com.br/arquivos/municao/pages/projeteis_jpg.htm

 

Munição Padrão

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É a munição mais básica que iremos encontrar e está disponível em duas versões: com ponta de projétil do tipo OGIVAL (ETOG) e OCA (EXPO).

 

O projétil tem 95g e em termos de balística alcança 288m/s (velocidade) e 256J (energia).

“Silver Point”

 

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É uma munição com maior potência (e maior poder de penetração / parada) do que a munição Padrão e também está disponível em duas versões: com ponta de projétil do tipo OGIVAL (ETOG +P) e OCA (EXPO +P).

 

O projétil tem 95g e em termos de balística alcança 308m/s (velocidade) e 293J (energia).

“Gold”

 

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É uma munição com potência pouco maior e maior poder de parada do que a munição “Silver Point”, mas somente está disponível na versão com ponta de projétil do tipo OCA (EXPO +P).

A munição “Gold” tem projétil com camisa (ou jaqueta) de tomback (liga de cobre e latão), o que garante uma melhor expansão e penetração do que a munição “Silver Point”. A CBC informa que a munição “Gold” é a melhor para defesa pessoal.

O projétil tem 85g e em termos de balística alcança 330m/s (velocidade) e 300J (energia).

E sempre lembrando, munição tem sua validade tem seu tempo. Composta de elementos químicos sensíveis a variações de temperatura e de unidade, as munições são armazenadas em condições adequadas na fábrica e nas lojas especializadas. No entanto, as munições podem ter seu desempenho comprometido se expostas a constantes variações de umidade e temperatura ou à contaminação por óleos lubrificantes. Por isso, mesmo considerando que as munições estejam em embalagens blíster inviolável, recomenda-se que, após adquiridas, sejam utilizadas em um prazo máximo de 6 (seis) meses. Esta recomendação torna-se imprescindível no caso de munições que estejam acondicionadas nas armas.

E finalizando o calibre .380 AUTO é considerado um dos mais fracos para defesa pessoal (posse ou porte) em uma pistola. Então, ao utilizar uma munição para este fim, o melhor é optar pelas que oferecem maior potência e melhor balística (como as +P da CBC, ou seja, “Silver Point” ou “Gold”), visto que aumentam as suas chances de obter um melhor resultado (positivo) durante o uso (como deter um agressor).

IMPORTANTE:

1 – As munições originais da CBC podem ser identificadas visualmente através da espoleta (que tem gravado em baixo relevo o símbolo “V”);

2 – A validade das munições originais CBC é de 10 anos a partir da data de fabricação SE forem mantidas na embalagem original e armazenadas em local adequado e condições ideais de temperatura (20 ~ 25ºC) e umidade relativa (65 ~ 75%). Recomenda-se que após aberta a embalagem, as munições sejam utilizadas em um prazo máximo de 6 meses.

 

This article has 3 Comments

  1. Preliminarmente, cabe um elogio ao colega Damasceno pelo teor das matérias aqui publicadas. Parabéns pela iniciativa.

    Ao meu ver, a melhor munição é a que é “colocada” em um ponto do organismo humano. Há muitos anos, li um comentário da “revista Magnum”, na qual um atirador fez o seguinte comentário: “Melhor um tiro de .22lr no meio da testa do oponente, do que um tiro de 44.Magnum de raspão no braço”.

    Diante dos calibres anêmicos permitidos aos Agentes Prisionais, o .38 possui versões com bom “stopping power”, mas perde para as pistolas nos quesitos (I) velocidade dos disparos; (II) quantidade de munições e (III)rapidez no recarregamento da arma.

    Às pistolas, pesa em seu desfavor, o anêmico calibre .380 ACP, mesmo na melhor versão brasileira, que é a gold (minha opinião).

    De toda forma, ainda prefiro a pistola, pelo quantidade de disparos disponíveis, pela velocidade dos disparos e pela rapidez no recarregamento.

    Sei que alguns virão com a máxima de que um confronto se resolve com, no máximo,5 ou 6 disparos. Mas me sinto psicologicamente confortável em saber que tenho à mão, a possibilidade de disparar, 58 projéteis (uso três carregadores).

    Ademais, de fato, a maioria dos confrontos armados cessam com poucos disparos, mas essa regra se restringe em roubos. Em caso de execução ( que, infelizmente, estamos sendo os executados), uma quantidade de munição a mais deve ser considerado.

    Certa vez, um policial militar comentou, que durante uma troca de tiros com bandidos, utilizou quase os três carregadores que possuia no momento, e achou que ia ficar sem munição, isso sem contar que tinha o apoio armado do seu parceiro de serviço.

    Em suma, o ideal é ter uma munição que tenha uma boa relação peso de ponta X velocidade, somado com um tiro bem colocado, de preferência na região do mediastino, ou na forma popular, na famosa “caixa de catarro”.

    Segue um vídeo com dois disparos do anêmico .380 ACP, em um bloco de argila, para apreciação dos colegas:

    https://www.youtube.com/watch?v=npElLaaMajs

    Para quem

  2. Prezado Beto

    Referente a sua dúvida, quanto a idade, a Lei 10.826\2003 preceitua no artigo 28 do Capitulo V “Das Disposições Gerais”

    Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.

    E desta forma somos agraciados com a autorização de termos a posse e o porte de arma de fogo, e no seu caso iguais a de outros mais, ficam autorizados também pois a própria lei faculta você em razão da sua função.

  3. Uma grande duvida… tenho 23 anos… tomei posse no cargo de ASP.. recentemente… e graças a deus fui apto paralelamente na I.S de AEVP..
    POIS BEM MINHA DUVIDA É A SEGUINTE POR TER 23 ANOS…COMO FICA MEU DIREITO AO PORTE DE ARMA…SE PRA AQUISIÇÃO TENHO Q TER 25???? FICAREI 2 ANOS DESARMADO??? OU SE JA SOU SERVIDOR DOS CARGOS QUE PERMITEM O PORTE EU POSSO PORTAR A ARMA PESSOAL??

    GRANDE DUVIDA… PORQUE SE O SERVIDOR FICARA DESARMADO PORQUE NÃO TEM 25 ANOS… LOGO NA DATA DE INSCRIÇÃO DEVERIA SER COMO A FUNDAÇÃO CASA SO SE INSCREVE MAIORES DE 25 ANOS… AO CONTRARIO DA SAP QUE É COM 18..

    QUEM PUDER ME RESPONDER EU AGRADEÇO

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