“Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer”. (Santo Agostinho)
Ao lançarmos um olhar sobre o passado, o presente e o futuro de nossa categoria, uma nítida imagem transparece, o nosso, por assim dizer, “estágio probatório”, durou não os 3 (três) anos constitucionalmente exigidos, mas longos 13 (treze) anos. Mais de uma década comprovando os atributos da assiduidade, pontualidade, responsabilidade, iniciativa, eficiência, etc.
Conforme bem sabemos, fomos criados, originalmente, conforme a LC 898/01 com as funções de “escolta e custódia de presos”, porém só esta última atribuição, a hercúlea tarefa de vigilância, nos foi dada. Só agora, passados 13 (treze) longos anos, após cansar de ouvir os derrotistas, literalmente, de plantão, que a escolta nunca seria nossa, ela passa a ser algo tangível.
Nesse passo, apesar do costumeiro improviso que marcou o início de nossa atividade e diga-se, ainda se faz presente, traduzido em falta de estrutura, equipamentos, efetivo baixíssimo, salário irrisório mesmo se comparado com o atual que ainda é sofrível, ainda assim, reduzimos em cerca de 90% a fuga nos presídios.
De antemão, é necessário ressaltar, por ser imperativo de justiça, que muito devemos aos pioneiros da classe, aos nossos “antigões”, que guarneceram torres em escalas desumanas, muitas das vezes por 12 (doze) horas ininterruptas. Sendo certo que, a própria legislação previa turnos de 3/3 (três por três) horas ainda se sujeitando a convocações para plantões seguidos nessas mesmas condições.
Se a pecha de “genéricos” foi deixada no passado, é porque esses bravos guerreiros de farda verde arriscaram dia após dia suas vidas. Seja na alvorada ou no crepúsculo, enfrentando sol e chuva mantiveram a ordem, evitando fugas, rechaçando motins, rebeliões; enfim, dignificando diuturnamente a classe dos aevp´s, juntamente com nossos irmãos asp´s, num dos maiores sistemas penitenciários do mundo.
Ocorre, infantaria, que novos desafios se fazem presentes, continuemos a apresentar, o que consideramos, os melhores números de eficiência do serviço público bandeirante, com olhar firme no futuro. Muito há para se fazer, a escolta será benção ou maldição consoante nossa competência e a bandidagem não dá trégua.
Enfim, que possamos, com sabedoria, unir a garra e a experiência adquirida demonstrada no passado com o brilho e a energia de nossos novos aevp´s. Que cada um tome para si sua parcela de responsabilidades no cumprimento de seu mister, agindo nos estreitos limites da legalidade, não obstante tendo em mira sempre o intransigente respeito aos nossos direitos.
Alexandre Néia e Silva, é aevp no CDP de Jundiaí, bacharel em direito, especializando em direito penal e o menor dos homens no reino de Jesus Cristo.
muito bom, parabens aos aevps, parabens aos antigões
muito bom artigo, muito justo o reconhecimento aos antigões
Excelente matéria , muito boa diante de nossas espectativas até parece soar bem diante dos invejosos lá de baixo…