Reforma da previdência : temos o direito de dizer não!

Aprovação da PEC está cada vez mais próxima. Idade mínima para aposentadoria da categoria pode ser de 65 anos. PM e Militares não entram na reforma.

Com a justificativa de “arrumar” o buraco deixado na economia da previdência, o governo decidiu fazer a reforma, aumentando o tempo de contribuição do trabalhador. A idade mínima do regime próprio da União, eleva de 60 anos (homem) e de 55 (mulheres) para 65 anos para todos. “Para se aposentar com 100% do benefício, por exemplo, será preciso contribuir 49 anos! Imagine trabalhar todo esse tempo nas unidades prisionais? Não há ser humano que aguente nem física, nem psicologicamente”, afirma António Pereira, presidente do Sindespe.
Todos os trabalhadores ativos vão ser afetados. Homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais serão enquadrados em normas mais suaves, mas com tempo adicional para requerer o benefício.
O governo federal deixou de fora Policiais Militares e as Forças Armadas. “Mas a nossa categoria também tem inúmeros motivos para não entrar na reforma da previdencia. É por isso que temos que dizer não! “, diz Pereira.

Manifestações

Diversas categorias em vários estados do Brasil já se manifestaram. O Ministério da Fazenda está neste momento ocupado por militantes do Movimento Sem Terra (MST).

Aposentados

Aposentados e aqueles que completarem os requisitos para pedir o benefício até a aprovação da reforma não serão afetados.

Regra para quem está próximo de se aposentar:

Haverá uma regra de transição para não prejudicar quem está perto da aposentadoria. Por ela, quem estiver com 50 anos ou mais (homens) e 45 anos ou mais (mulheres) poderá se aposentar pelas regras atuais, pagando pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria (se for um ano, por exemplo, terá de trabalhar um ano e meio).