Levantamento feito pelo Sindicato mostra a triste realidade do sistema prisional, em 80% das unidades prisionais do estado não contam com equipe mínima de saúde, em média conta com um médico para cada 1730 presos.
Outro dado importante é que em média no Estado de São Paulo, são 10 presos para cada 01 agente de Segurança Penitenciária (ASP) em quanto a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) diz que o ideal seria 01 Agente para cada 05 presos.
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), disse que não foram cumpridas as metas de criação de vagas e abertura de vagas, e que o Estado não acompanhou o crescimento da população carcerária no últimos anos. Em relação a ressocialização dos presos, 40% da oferta vagas de trabalho em presídios não são preenchidas e 1% apenas conseguem colocação no mercado de trabalho após o cumprimento da pena.
Com estes dados levantados existe um déficit de 48% do efetivo para as vagas de Agentes de Segurança Penitenciária (ASP).
Com este quadro a Secretaria de Administração Penitenciária realizou um concurso de Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP), em 2014 no edital eram previstas 1593 vagas, até o momento (novembro de 2017) nenhum candidato ainda foi nomeado, o concurso encontra em fase de investigação social ,ou seja, com esta realidade do sistema prisional já se passaram 3 anos sem que as entidades responsáveis conseguissem encerrar todas as fases do concurso.
Segundo o presidente da entidade Antonio Pereira Ramos, a má gestão pública contribui para a falta de efetivo e instala o caos no sistema prisional, que tem como consequência o ponto responsável por fugas e rebeliões, como a sociedade viu em Roraima, verdadeira barbárie ao vivo visto pela sociedade. Outra situação gerada seria o desvio da Polícia Militar para atividade de escolta e custódia de presos, deixando a Polícia de cumprir suas atribuições e deixando em risco a Segurança Pública.
O servidor sofre com as mazelas do Estado, que somado a tudo isto é mal remunerado, o Estado de São Paulo tem um dos piores salários da União, sendo o que mais arrecada e o que menos paga, ficando apenas com a sobrecarga de trabalho.