No dia 20 de Abril estiveram na entrada da Base de Escolta da Penitenciária Feminina de Santana, juntamente com o SINDESPE os membros da Comissão dos Direitos Humanos dos Profissionais de Segurança Pública de São Paulo, instituição defensora dos direitos humanos dos servidores da segurança pública paulista e seus familiares.
A visita foi realizada após a observação de que nos últimos 12 meses os casos de suicídios de servidores da secretaria superam em dobro os casos de homicídios de agentes, ou os de morte natural.
Ficando constato que ha sim um problema grave no que tange a saúde mental dos servidores do sistema prisional, provavelmente acarretado pela equação insalubre do aumento de unidades prisionais, superlotação , perca salarial, comprometimento financeiro atrelado ao baixo efetivo e incapacidade do estado em repor o quadro funcional.
A visita foi apenas um contato inicial, onde a presidente da Comissão Deputada Estadual suplente Adriana Borgo se apresentou ao comando responsável pelo dia, e deixou ali o seu apoio a toda categoria, principalmente seus sinceros cumprimentos a equipe de portaria da base, pela perda ainda a se investigar de mais um companheiro de trabalho, o AEVP Ademir, encontrado morto em seu carro na Avenida Cruzeiro do Sul.
Apontou ainda que , a Comissão dos Direitos Humanos dos Profissionais de Segurança Pública de São Paulo, tem se comunicado com o SINDESPE, e nesses encontros sempre são apontados algumas denuncias de violações de direitos humanos cometidos contra os AEVPs e ASPs, entre eles abusiva carga horaria de trabalho, abuso de autoridade, assédio moral frente aos agentes em estágio probatório ou com interesse em transferência para seus domicílios de origem, falta e inadequação dos equipamentos bélicos para proteção dentro e fora do ambiente de trabalho e o mais preocupante de todos o alto índice de suicídio dos agentes.
De forma muito profissional e gentil os servidores responsáveis pelo plantão receberam a Comissão e o SINDESPE na portaria da base, ressaltaram que a preocupação com a saúde mental desses servidores é comungada por todos e que algo precisa efetivamente ser feito para melhoria das condições de trabalho, afim de manter a boa qualidade dos serviços prestados e a integridade dos servidores.