Questionado na reunião do último dia 14 de Novembro sobre o que o Secretário da Administração Penitenciária pensava sobre o fato de no interior do estado AEVPs estarem fazendo escolta de presos sem a devida capacitação, em viaturas totalmente desconformes aos padrões da SAP e as vezes até acompanhado por integrante do GIR, ele respondeu que “não estava ciente destes fatos” e que “integrantes do GIR não podem de forma alguma fazer escolta de presos” pediu até para que pontuássemos alguns casos, dos quais indicamos que em quase todas as regiões isso acontece.
Lourival Gomes foi veemente ao dizer que “escolta de presos fora da região metropolitana não é responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária e sim da Secretaria da Segurança Pública conforme Resolução SSP 102/2016, não é pra fazer, isso é com a SSP”.
Tal afirmação foi declarada após o sindicato argumentar que os diretores são pressionados por mandados judiciais e que precisam cumprir, mesmo assim, essa foi a resposta do secretário.
O SINDESPE levantou essa questão em reunião pelo simples fato de responsabilidade, as vezes no afã de fazer o trabalho muitos diretores não se preocupam com a legalidade das ações e acabam por negligenciar assumindo para si e ainda transferindo para seus subordinados o mesmo ônus.
“Imagina um resgate de presos em um simples escolta de apresentação ao fórum ou hospitalar que é mais corriqueira, um preso foge, ganha liberdade em uma cidade do interior, de quem é a culpa, já que ordem absurda não se cumpre, ordem ilegal de acordo com o previsto em nossa resolução não se cumpre?” refletiu o presidente do Sindespe Antonio Pereira Ramos.
TODA UNIDADE PRISIONAL DO INTERIOR QUE ESTIVER FAZENDO ESCOLTA SEM QUE HAJA SERVIDORES CAPACITADOS PARA TAL DEVEM ENTRAR EM CONTATO COM NOSSO WHATSAPP (19) 99767-2683.
A diretoria do SINDESPE estará então encaminhando a SAP para providências.
“Precisamos que a escolta se expanda, fomos criados há 15 anos até hoje nossa carreira se limitou a metade das nossas funções, sem a expansão da escolta não teremos a visibilidade que a categoria merece, sem visibilidade não há reconhecimento, seremos eternamente esquecidos nas muralhas pela sociedade e confundidos com tudo quanto é tipo de carreira de segurança, jamais saberão quem são o que são os AEVPs” disse Xavier, tesoureiro da entidade presente na reunião.
“Enquanto ficarmos nos quebra-galhos dois fatos importantes são comprometidos: a legalidade e evolução da carreira. Pra que expandir se tem quem faz? Pra que investir em capacitar e equipar se tem quem faz do jeito que dá e com o que tem? Pra que valorização se é mais barato fazer de qualquer jeito? Pra que se preocupar com a legalidade se quem vai responder é quem aceitou fazer mesmo?” alertou William Nunes (Nerin) secretário geral da entidade