EXCLUSIVO – SISTEMA PRISIONAL NÃO ELEGEU NENHUM CANDIDATO, OU SEJA, MAIS QUATRO ANOS DE MIGALHAS.

Importante ficar esclarecido que o sistema prisional não elegeu nenhum representante, como já havíamos notificado na matéria há uma semana da eleição, mais quatro anos de migalhas.

LEIA TAMBÉM: Agentes precisam eleger agentes, ou serão mais 4 anos de farelos e migalhas

Breadcrumbs

A bancada da bala aumentou sua bancada em 100%, porém, que fique bem claro, nunca recebeu ou lutou pelas entidades do sistema prisional.

Estivemos na (ALESP) Assembleia Legislativa de São Paulo quando estava engavetado o (DEJEP) Diária Especial por Jornada  Extraordinária de Trabalho Penitenciário, recorremos a outros deputados desde esquerda a representante dos professores.

Vale ressaltar que a entidade é apartidária, ou seja, não temos partido político, por este motivo que abrimos espaço para todos os candidatos independente de partido nas sabatinas realizadas no decorrer das eleições.

Ficaríamos sim representados se pelo menos um entre todos os candidatos do sistema prisional tivesse sido eleito. não se deixem enganar por falsos profetas.

A entidade vai continuar com este trabalho, uma campanha de conscientização, nem que seja para fazer uma pesquisa e plebiscito entre os agentes para que estes então indiquem um nome, com as seguintes perguntas:

1 – Você é a favor de elegermos um candidato do sistema prisional?

2 – Qual o nome sugerido?

Atenciosamente,

Diretoria executiva.

 

Mensagem de um dos candidatos, Sílvio Damaceno:

Senhores (as) Servidores (as) do Sistema Prisional Paulista

Após este primeiro turno de eleições a qual passamos, e votamos a Deputados Estaduais e Federais, faço uma reflexão e um balanço no tocante a nossa classe e aos votos obtidos pelos candidatos.
Neste cenário político, vale lembrar que não temos representatividade direta na ALESP e nem na Câmara Federal, que a bem da classe é algo ruim, pois deixa de ter a tão sonhada representatividade para com nossas problemáticas e nossos anseios.
Neste universo político o qual em todo tempo se via em postagem de redes sociais e rodas de conversa, se seria mais quatro anos de direita ou de esquerda, se quem governaria o país seria quem já está por décadas ou se haveria uma renovação. E isso também se deu e ainda perdura pois no cenário estadual ao governo ainda não se decidiu, há a disputa de quem será o governador.
E desta forma se deu esta corrida nestas eleições e INFELIZMENTE, o servidor prisional esqueceu de fazer o seu dever de casa, que era dar apoio e eleger representantes nossos para nos representar neste meio político o qual há décadas estamos nas dependências dos políticos que não são da nossa realidade profissional.
De certa forma eu DAMACENO que fui candidato e senti essa distância do nosso profissional em estar nos dando a sua contribuição, e por motivos ainda desconhecidos, pois fora feito campanhas, visitas em unidades, exposições em sites e blogs, ou seja foi feita a divulgação, e mesmo assim ainda houve quem votasse em outros candidatos de outros seguimentos.
A onda BOLSONARO arrebatou uma histórica legião de pessoas para votar em candidatos do partido dele, e nossa classe sem pensar, muitos foram juntos neste intuito de contribuir, pois a todo instante havia a mesma retórica de votar em apenas candidatos da legenda 17.
Não que eu esteja aqui fazendo papel contra, mas apenas observando que agora teremos eles para nos representar, teremos eles para elaborar projetos diretamente para nossas classes e com os governos dialogarem e brigarem para termos nós as tão sonhadas ( Policia Penal, aposentadoria especial, reposição inflacionária, Lei Orgânica, Valorização, e dentre outras mais).
Pergunto eu será que em algum momento os campeões de milhões de votos vão olhar para o “GUARDA” e pensar… Vou criar um projeto para que aquele ASP que trabalha dentro da gaiola, do raio, do pavilhão, tenha menos contato com o preso e que passe menos tempos lá dentro e que tenha um rodizio de troca de posto para que não sofra os efeitos da aprisionalização e a pressão que é ficar constantemente lá dentro. Ou até mesmo a questão da LPT que é uma questão administrativa, porém parece uma missão impossível de ser feita, pois há anos temos servidores na espera, e acarreta que o tempo passa e nada se faz e o servidor adoece por horas extremas de serviço, por fazer trocas para ir para casa junto de sua família.
Há uma inversão total de juízo e valores, em que o sentenciado tem o direito de ter uma aproximação familiar e o servidor não, pois há casos de mais de 8 anos que o guerreiro colega está longe da família, e vive todo santo dia este dilema.
Assédio de diretores, falta de materiais, pressão psicológicas pois se não fizer o que eu quero não vai estar na lista da DEJEP.
Absurdos como estes que seriam todos depositados e explicitados em uma tribuna parlamentar para que todos pudessem ver e ouvir o que de fato ocorre dentro do sistema, hoje teremos que pedir e até implorar para que outros deputados eleitos os façam.
Sem tirar os méritos dos eleitos e sim os parabenizando, pois estes sim fizeram os seus deveres de casa em ter tido apoio do seu público, e de muitos de nós.
Fica aqui a minha observação de que temos que reconstruir e analisarmos o que queremos para nosso futuro, das nossas classes, do nosso profissionalismo e o mais importante para as nossas famílias, pois é daqui que levamos a eles a dignidade de darmos uma vida melhor a todos.
Sou servidor do sistema Prisional Paulista, sou AEVP, sou ASP, sou ÁREA MEIO, sou todo o sistema em que trabalhamos nestas mais de 170 unidades prisionais.
Vamos seguir em frente e traçarmos sim o nosso futuro e com mais força e mais certeza.

DAMACENO – AEVP 6