O Sindicato em 20 de Novembro de 2018, publicou uma matéria questionando a veracidade dos fatos, sobre a possibilidade de resgate:
Ocorre que em um ambiente hostil como é o caso das cadeias, informações como estas deixam o clima ainda pior do que ele já é em seu dia a dia, naquele momento de eleições estaduais e federais muita gente querendo se auto promover e se eleger, mas cabe ao governo investigar as informações dos fatos.
Vale ressaltar de quem sofre com qualquer tipo de informação são os Agentes, que realmente estão na linha de frente do crime organizado, comenta o presidente da entidade Sr. Antonio Pereira Ramos, que foi procurado hoje pela imprensa sobre o assunto.
Agora o próprio Governo admite que tem dúvidas sobre o assunto:
Márcio França questiona plano para resgate de Marcola na P2.
Em entrevista concedida ao jornal “Folha de São Paulo”, publicada nesta quinta-feira (27), o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), reagiu quando questionado sobre a descoberta pela polícia de um plano para resgatar líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), entre eles, Marcola, que cumpre pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
“Esta história de plano de resgate, está onde?”, questionou França, quando foi indagado pelo jornal sobre o assunto.
O jornal cita que o plano foi revelado pela polícia, e França responde: “eu não vi”. A “Folha” insiste e menciona que “há uma equipe de policiais a postos em Presidente Venceslau [onde Marcola está preso]”. Em resposta, França afirmou que o deslocamento de policiais se deu em razão da informação “de que tinha um plano”.
“Agora, e se eles quiserem ser transferidos? E se a lógica for ao contrário?”, questionou França.
O jornal, então, perguntou se “esse plano pode ser um blefe?”.
“Eu quero dizer o seguinte: aqui em São Paulo eles não saíram. Agora, será que vão ficar mais bem guardados num outro presídio? Os caras do PCC montaram um negócio – eles mandam cartinha, deixam pela mulher que vai sair, que vai ser pega [referindo-se à ordem para matar promotores]?”, respondeu França, ao colocar em dúvida uma possível ação de resgate.
Questionado pelo jornal “se há um acordo do governo com o PCC”, França respondeu com outro questionamento: “o sistema prisional paulista tem 30 mil homens [trabalhando], então todo mundo está compromissado com esse negócio?”.
Em seguida, o jornal citou uma declaração dada pelo governador sobre a temeridade de haver uma retaliação caso a transferência dos lideres do PCC se concretize. Sobre isso, França respondeu: “Embora seja um problemão, a gente não pode ter esse receio. O que estou dizendo é que não dá para ser inocente. Neste instante de transição, é o melhor momento? Já fizeram movimentos exatamente nessa época, acho que com o [então governador Cláudio] Lembo [em 2006]. É coincidência? Veja: de repente, no fim do mandato, tem que ser emergência?”.