Hoje o presidente do SINDESPE, Antonio Pereira Ramos e diretores da entidade, juntos com os associados, estarão reunidos para discutir vários assuntos de interesse da categoria, a partir das 17h, como falado em edital.
Devidos aos inúmeros pedidos de associados, vamos fazer uma assembleia geral, ainda sem data a definir, só para tratar da pauta da greve do sistema penitenciário, pois muitos associados acham melhor esperar uma resposta do governo e todos terão um tempo maior para se programarem e participarem da mesma, pois o próprio Sindasp poderá participar também engrossando o número de funcionários em greve, ou seja, teríamos Asp´s e Aevp´s participando ao mesmo tempo. Muitos ainda não entenderam o que é um “estado de greve” e sua legalidade.
Sindespe x governador
Estiveram em São Paulo, para cobrar uma resposta do governo à Pauta Unificada Prisional e demonstrar a indignação pelas promessas de valorização que não foram cumpridas. Como é de conhecimento público o governo chamou todos os sindicatos da categoria prisional para manifestarem suas reivindicações, através de um documento que seria a Pauta Unificada Prisional.
Fizemos tudo que o governo pediu, esperamos os 15 dias que ele pediu, entendemos que teve feriado da proclamação da República (15/11) e dia da consciência negra (20/11), mas o governo não nos deu satisfação.
Estaremos marcando uma última reunião com o governo para semana que vêm, onde vamos continuar tentando uma “resposta”, mas independente dela, já estaremos nos mobilizando para um “estado de greve” e futuramente de fato e direito realizar uma greve do sistema prisional com toda a categoria.
O que é Estado de Greve?
O “estado de greve” é diferente da greve propriamente dita. O estado de greve é uma situação que é aprovada pelos trabalhadores alertando aos governantes que a qualquer momento poderão deflagrar a greve.
Quando uma categoria decide entrar em estado de greve, significa que ela vai iniciar os preparativos para deflagrar uma greve. Comissões locais de greve deverão ser formadas, e o sindicato deverá realizar atos para mobilização da categoria, a fim de conscientizá-la sobre a necessidade de todos aderirem à decisão – isso porque quem faz greve são os trabalhadores, não adianta o sindicato deflagrar uma greve se a maioria efetivamente não paralisar as atividades.
Antes de se fazer uma greve, a categoria passa por uma grande mobilização, através de atos, reuniões setoriais, assembleias, informativos, enfim, diversas formas para que seja dada visibilidade ao processo que está por vir. Na assembleia do dia 28 os servidores presentes também aprovarão que o sindicato terá autonomia de deflagrar a greve assim que todo esse processo de mobilização esteja finalizado com sucesso, sem a necessidade obrigatória de realização de nova assembleia.
Os trabalhadores que desejam a greve devem se reunir em seu local de trabalho para buscar apoio dos colegas que querem ou não a greve ou estão indecisos ainda. Quando a maioria já estiver consciente da necessidade de paralisação das atividades, será o momento de eleger os representantes de cada unidade para que participem do comando de greve local e estadual. Feito este trabalho de mobilização, e se ele tiver sucesso, então o sindicato poderá deflagrar a greve a qualquer momento, respeitando o limite legal de aviso oficial com 72 horas de antecedência.
Quem está em estágio probatório pode participar da greve?
Os funcionários que estão em estágio probatório não só podem como devem participar da mobilização, do comando de greve, e da paralisação em si. É comum aos trabalhadores em estágio probatório serem informados de que eles não podem fazer greve, porque influenciará em seu resultado final de pontuação. Isso é uma inverdade e pode até resultar em assédio moral. Vivemos em um país democrático e de livre manifestação. O estágio probatório serve para avaliar seu trabalho conforme seu cargo e não é proibido reivindicar direitos.
Nossa resposta ao Governo de Geraldo Alckimin
Estivemos em São Paulo para pressionar o governo e pedir uma resposta e “nada” ele ainda pediu mais prazo, como fez com a PM. Diante disso o Sindespe decidiu realizar uma Assembléia Geral e consultar ao nosso associado se ele quer fazer a greve ou não. Esta é a oportunidade do associado manifestar-se à favor ou não. O Sindespe vai acatar a decisão da maioria, pois representamos a vontade da categoria.
Hoje, estaremos conversando com o associados e estudando uma data melhor para tratar só da pauta da “greve”, devido a sua importância para a categoria.
Estaremos realizando a Assembléia Geral na própria sede do Sindespe à rua Erasmo Braga, 1.042 C – Jardim Chapadão em Campinas, a partir das 17h, primeira chamada e 17h30, para segunda chamada.
Em resumo guerreiros a luta continua só que as armas agora são outras.
Você decide
Lembramos que nos manifestos em frente ao palácio o numero de agentes presentes foi insignificante, ou seja, em caso de greve o resultado pode ser o mesmo, participação quase zero.