Nesta manhã (26/out) o presidente do Sindepe Antonio Pereira Ramos reuni-se com o Deputado Estadual Davi Zaia, integrante da base do governo paulista para buscar apoio governista em apelo a situação financeira vivida pelos agentes prisionais.
Há quatro anos se sequer reposição inflacionária e na eminencia da aprovação de um projeto de lei que proíbe aumento de gasto com folha por mais dois anos, a perda inflacionária acumulada no período é de aproximadamente 37%, caso o governo aprove o projeto este percentual poderia chegar a aproximados 44%, representando uma perda do poder de compra de quase metade da renda desses servidores.
Além das perdas acumuladas algumas medidas votadas na ALESP oneram mais ainda o trabalhador. Recentemente foi aprovada a LEI COMPLEMENTAR Nº 1.309, DE 04 DE OUTUBRO DE 2017 que entre seus itens no Art. 6º, §7 muda o texto da LC 898/2001 com a seguinte redação:
§ 7º – Durante o curso de formação técnico-profissional, ministrado pela Escola de Administração Penitenciária ‘Dr. Luiz Camargo Wolfmann’, os servidores não farão jus ao pagamento de verbas indenizatórias.” (NR)
Essa medida faz com que servidores recém-contratados ainda em fase de curso de formação percam o direito de ressarcimento por parte do Estado das despesas com transporte, alimentação e em caso necessário pernoite quando convocados para aulas fora do seu domicílio de trabalho. Assim toda despesa decorrente de deslocamento e alimentação fica a cargo do próprio servidor.
Para tentar minorar isso o Sindespe pediu para que o deputado fizesse gestão frente ao executivo para que o mesmo adquira ônibus e os seda a Escola da Administração Penitenciária para esses fins.
O deputado Davi Zaia se comprometeu a falar com membros do executivo para tentar viabilizar o pleito.
Quanto a salário o deputado disse que já há uma movimentação por parte do governo para que haja algum reajuste aos servidores, já que a economia vem respirando melhor com um pequeno aumento da arrecadação e o gasto com folha de pagamento hoje está em 43%.
O presidente do Sindespe Antonio Pereira Ramos disse que “não se pode parar de buscar apoio em prol de nossas causas, não importa partido, ideologia, é a mesa do servidor que está sendo desabastecida, quem quiser ajudar a reabastecer o prato dessas famílias será bem vindo”.
“O governo não pode achar de forma alguma que estamos pedindo demais, pelo contrário, nós servidores públicos estamos há quatro anos colaborando para que o Estado resista a crise, estamos ganhando menos e fazendo mais, já que não se repara o salário muito menos se repõe o quadro de funcionários, são quatro anos onde agora esperamos alguma contrapartida do Estado e ela não pode ser com mais dois anos de arroxo” comentou William Nunes (Nerin) secretário geral do Sindespe.