Na última sexta feira dia 25 de setembro de 2020, por volta das 17:00 horas a Penitenciária feminina de Santana Capital “PFC” foi palco de uma tentativa de fuga cinematográfica se não fosse o trabalho dos “policiais penais” da muralha “AEVP” Agentes de Escolta V. Penitenciária, que estavam de plantão na hora do fato ocorrido.
Dos fatos : Não se sabe como as duas presas saíram de dentro do pavilhão burlaram a segurança, pularam o primeiro alambrado, ficando onde é chamado de “linha de tiro” quando estavam apenas a um obstáculo da rua, ou seja, cerca um metro, foram contidas no último muro que daria acesso ao lado externo da unidade e ao parque da juventude faltando pouco para ter êxito na sua fuga .
Os agentes que estavam de vigilância na muralha à cerca de 150 metros de distância, olhando pelo lado de cima da mesma foram eficazes em seu trabalho e desempenhando com presteza suas atribuições do cargo, impedindo as presas de fugirem.
Ato continuo as presas foram abordadas , elas estavam com ferimentos do “ouriço” e foram conduzidas a enfermaria da unidade.
Segundo informações extraoficiais, as presas juntas têm condenações elevadas e seriam da organização criminosa “PCC” Primeiro Comando da Capital.
Vale ressaltar que segundo denúncias enviadas a entidade, a unidade prisional contava anteriormente com cachorros para auxiliar na vigilância devido ao extenso tamanho da muralha, e estes foram substituídos por carneiros pela atual administração, matéria que foi alvo de uma denúncia publicada em 07 de setembro de 2019.
A penitenciária “PFC” que tem em seu quadro efetivo cerca de 25 servidores para dividir em quatro turnos contribuindo assim para excesso de horas de serviço, mas graças o bom trabalho estes Agentes conseguiram evitar a fuga.
Lembrando que foi desta mesma unidade que foram retirados vários AEVPs através de transferências, como a do “AEVP vereador de Caiuá”, e da mesma forma com a recente LPTE para Registro, várias outras unidades do Estado ficarão com o efetivo de Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, totalmente reduzido. Correndo o risco de acontecer como era no passado, onde a Policia Militar fazia a vigilância de uma unidade prisional inteira com apenas um PM, e as tentativas de fugas eram constantes, pois se não há vigilância armada suficiente para inibir a intenção de fuga do detento, este irá tentar a fuga ou arrebatamento. O quadro de AEVPs não tem reposição a mais de 2 anos, mesmo que a Lei Complementar 173 de 2020 autorize a contratação de servidores efetivos para reposição do quadro funcional, o Governo do Estado não chamou nenhum aprovado no concurso AEVP 2014, iremos levar esta situação ao secretário o mais breve possível.
Do fato histórico:
Descrição da Penitenciária feminina da Capital “PFC”.
Em julho de 1942 foi inaugurada, em prédio anexo à Penitenciária do Estado (1920), a primeira instituição prisional específica para mulheres no estado de São Paulo. Nos anos iniciais, o então chamado Presídio de Mulheres ficou sob administração de freiras católicas da Congregação de Nossa Senhora de Caridade do Bom Pastor de Angers. Durante a ditadura civil-militar, o local recebeu algumas presas políticas, principalmente após a desativação do Presídio Tiradentes em 1972. Em pequeno número, elas tiveram que se acostumar a uma rotina de isolamento, já que eram mantidas afastadas das presas comuns. O presídio, que chegou a integrar o Complexo do Carandiru, continua em funcionamento com o nome de Penitenciária Feminina da Capital “PFC” denominação assumida em 1973.