Resposta a Matéria do jornal Folha de São Paulo.
São cerca de 240.000 Mil presos sem mascaras, esta é a realidade do sistema prisional do Estado de São Paulo,
Isto equivale a cerca de 80 municípios que tem mais de 200.000 mil habitantes do total 645 municípios.
A pergunta ao Estado: Se a população é obrigada a utilizar máscaras e álcool em gel, juntamente com todos os integrantes dos órgãos de Segurança do Estado, os sentenciados estão livres desta determinação?
Jogar a responsabilidade para o servidor é um absurdo, quem pode disseminar o vírus de forma escalonada, são os presos, primeiro por estarem confinados em número elevado de pessoas dentro de um pequeno espaço, e a pergunta ao Governo é se o estado teria como fornecer máscaras para todos os presos todos os dias.
De acordo com dados fornecidos “SAP” Secretaria de Administração Penitenciária e “FUNAP” Fundação de Apoio ao preso, ela tinha uma produção 120.000 mil mascaras por dia, o que não atende nem o número de presos.
https://tododia.com.br/policia/funap-avalia-unidades-que-produzirao-mascaras/
O vírus não tem partido político, o servidor recebe e utiliza o kit, mas o estado tem o dever de entregar estes “EPIs” (equipamentos de proteção individual), podem até ocorrer casos isolados de falta administrativa, mas com certeza o maior problema está na grande quantidade de pessoas confinadas.
De acordo com um levantamento realizado pelo “SINDESPE” Sindicato dos Agentes de Escolta e vigilância Penitenciária, nem os presos que realizam trabalhos externos chamados extramuros, usam equipamentos de proteção, muito deles trabalham até no preparo dos alimentos, de acordo com denuncias recebidas de todo o Estado.
Se uma unidade prisional tem suas particularidades como a de uma cidade, como o menor município de São Paulo a cidade de “Bora” com cerca 1.000 mil habitantes segue as regras do Decreto Estadual sobre a covid-19, as Penitenciárias devem seguir, sua população no caso são os presos, que devem seguir as regras, e quem deve fazer o cumprimento da legislação é o Estado, no caso especifico de cada unidade seu gestor, o Diretor “Geral”.
Antonio Pereira Ramos – presidente do “SINDESPE”, Policial Penal do Estado de São Paulo.